domingo, 11 de setembro de 2011

"Pra sempre é por um triz" Risomar Fasanaro


Quando Chico Buarque escreveu o lindo verso “pra sempre é por um triz” da canção “Beatriz”
disse tudo. E hoje, 11 de setembro volto a pensar na impermanência de tudo na vida.
Uma palavra maldita mal dita no momento errado pode, e quase sempre abala estruturas e relações que qualquer um consideraria eternas.
Uma observação infeliz, uma frase grosseira, apenas um tom de voz mal colocado, basta isso, e lá se vai o que poderia ser pra sempre.
Volto a pensar nisso hoje, e tento adivinhar os bastidores daqueles dois edifícios. Quantos dos que ali estavam teriam dito ou feito a alguém algo que jamais fariam se soubessem que minutos depois aconteceria aquela tragédia? Se soubessem que não teriam tempo de reparar suas palavras, seus atos?
Uma das lições mais difíceis é viver como se fosse aquele nosso último dia. Não adiar, não deixar para a tarde o que se pode fazer pela manhã.
Adiamos. Adiamos sempre, e assim as horas passam, os dias passam, os meses, os anos, por acreditar que teremos um amanhã, e assim quantas vezes deixamos de falar, de agir, acreditando que outra chance surgirá. Pois é...Muitas vezes aquela é nossa única chance, e quando nos decidimos a recuperar o que perdemos já não há mais tempo.
Recebi ontem, pelo celular, um pensamento que achei valer a pena reproduzi-lo aqui:
“Lembrar que em breve estarei morto é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo- expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar- caem diante da morte, deixando apenas o que é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração. ( Steve Jobs).
É isso.

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