quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Informe sobre as ossadas de Perus- João dos Reis


Caros/as: a noticia não é nova; mas achei que vale a pena reler - retirei do Jornal da Unifesp, "Entrementes", nº 6, maio/2014. Falta saber como andam as investigações hoje.
Por Erica Sena.

A Unifesp e a CV Marcos Lindenberg assumiram a responsabilidade, desde março deste ano, de acompanhar as análises para identificação das cerca de mil ossadas encontradas em valas clandestinas, no Cemitério Dom Bosco, em 1990, no distrito de Perus (...). Os trabalhos serão conduzidos pelo Grupo de Arqueologia e Antropologia Forense (Gaaf), ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). Cabe à Unifesp abrigar as ossadas, que até o inicio de março estavam depositadas no Cemitério do Araçá, em São Paulo.

Acredita-se que os restos mortais de pelo menos 20 desaparecidos, vitimas da ditadura, estejam junto às ossadas. Após 24 anos de sua descoberta, elas ainda não foram devidamente identificadas, não obstante já terem passado pela Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além de perícias da polícia científica do Instituto Médico Legal (IML).

A nova iniciativa da Unifesp foi oficializada por um protocolo de intenções, assinado no dia 26 de março (de 2014) entre a instituição, a SDH/PR, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de S.Paulo e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que estabelece os objetivos e funções do envolvidos para análise e identificação dessas ossadas.

Caberá à Unifesp disponibilizar local adequado para a realização dos trabalhos, além dos insumos necessários à condução das atividades mediante repasse de recursos por parte da SDH/PR, destacar representantes de seu corpo técnico/docente para acompanhar o trabalho científico a ser desenvolvido pelo Gaaf e realizar, sob orientação da SDH/PR, a contratação de técnicos, especialistas e demais profissionais, além de disponibilização de laboratórios, que atuarão para a implementação destas ações.

O grupo da Unifesp que acompanhará as investigações do Gaaf contará com profissionais docentes de diversas áreas como Arqueologia, Antropologia, História e Medicina.

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