quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Arte e doença Mental




A primeira coisa que quero registrar é que pintura pra mim é puro diletantismo, jamais me considerei pintora. O que levo a serio é a escrita, a pintura é puro desejo de mexer com as cores, com as tintas.e quase sempre uma forma de me fazer feliz.
Agora, analisando à distância no tempo, percebo que minhaa escolha de temas para pintar recai quase sempre em modelos geralmente discriminados: índios, negros, ciganos.
Noto também que durante a doença dos meus pais, minha pintura era sempre em tonalidades de amarelo ocre.
Depois da morte deles minhas telas ficaram mais claras, mais coloridas. Não só isso, ficaram também mais soltas.
Vou colocar aqui fotos dessa telas em minha próxima postagem.Posso intuir o que isso significa, mas não é uma análise psicológica. Isso caberia a um psicólogo ou psiquiatra observar.
Tenho a impressão de que os profissionais de saúde mental obteriam mais sucesso se propiciassem o convívio dos seus pacientes com a arte.
Conheço um psiquiatra que faz isso. Trata-se do meu amigo Dr. Alcides Neves que leva seus pacientes a trabalharem com música. E sua dedicação a esse trabalho é tanta que ele grava o trabalho dos doentes.
Não sei se todos teriam condições de desenvolver um trabalho como esse. Alcides Neves além de ser uma pessoa extremamente sensivel é um grande músico, além de compositor talentoso.
Mas acredito que mesmo não sendo um artista, é possível propiciar aos doentes mentais um tratamento digno, humano, muito melhor que pancadarias e humilhações.
Com a palavra os que concordam ou não...

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