quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Show de Ringo Star Risomar Fasanaro
À porta do Credicard Hall nos preparamos, minha amiga Cira e eu, para viver a grande emoção de assistir ao show de Ringo. Vamos ficar 1:30h esperando que as portas se abram para entrarmos, mas não sinto o menor desânimo, o menor cansaço. Vou rememorar um pedacinho da minha juventude, mesmo sabendo que Ringo tocará poucas composições dos Beatles. Mas antes pouco do que nada, penso.
Uma juventude bonita divide o espaço com a geração dos anos sessenta. Quase todos vestem alguma peça em homenagem ao Ringo, a estrela da noite. Às 19 h abrem as portas e podemos entrar no saguão. Encontramos algumas poltronas e logo fizemos amizade com duas adolescentes, Rafaela e Priscila, que pela segunda vez vieram ao show do ídolo.
Rafaela trouxe uma estrela prateada e um cartaz onde pergunta se ele leu a carta que ela jogou sobre o palco, na noite anterior. Priscila também trouxe um cartaz. As duas declaram seu amor ao ex-Beatle.
A paixão de Rafaela pelos Beatles começou com um trabalho que a professora de inglês pediu sobre os Beatles, nos conta Rafaela, que cursa o ensino medio. A garota pesquisou tudo que encontrou e, é claro, a pesquisa lhe rendeu muitas conversas com a mãe que é fã dos Beatles até hoje.
Fotografamos as duas, e sem que percebêssemos já era hora de entrar e esperar o show.
Ringo Star acompanhado pela All Star Band empolga a plateia que logo se levanta e começa a dançar.
“With a litlle help from my friends”, “Is Don’t come Esy”, são alguns dos sucessos que eles apresentam, mas o que leva a plateia ao delírio é Choose Love”, que o público canta com eles.
Ringo esbanja carisma e simpatia, muito sorridente lê os cartazes que as fãs levantam na plateia: Ringo eu te amo. Sorrindo muito, ele responde cada pergunta, cada declaração, para alegria delas.
Champagne e vinho branco circulam pela plateia. O show está terminando e procuro as duas adolescentes: estão lá na frente, perto do seu ídolo. Quem sabe até consigam falar com ele. No final do show. Quem sabe? Para os jovens, nada é impossível.
São Paulo está naqueles dias em que todas as estações se confundem. Não há calor nem frio, não chove. Enquanto caminhamos até o estacionamento, penso em Ringo, o único Beatle ali no palco, e vou deixando em meus rastros as lembranças do tempo em que colecionava todos os LPs dos Beatles, tentava traduzir todas as letras do grupo, e era tão jovem que pensava que tudo era para sempre.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário