Pedro!, és pedra!
Tens a aspereza natural
comum aos minerais
e planos de clivagem,
ortogonais.
Para os poderosos,
difícil de engolir...
Mas, vieste do pó
e ao pó, retornarás.
Mas, tuas cinzas
não serão levadas
pelos ventos da infâmia...
Com elas, reconstituiremos,
a argamassa mais forte,
para esse mundo em mudança.
Na calada da mata,
os sicários da fazenda
te espreitam,
de armas em punho...
Mas não conseguirão
seu intento.
Sei que não usas
coletes, à prova de balas;
mas elas, não te acertarão:
O teu manto protetor
é a fé no Teu Senhor!
És filho de homem e mulher,
por isso, pregas o amor...
Nessa tua caminhada
Não andas com os filisteus.
És o líder dos verdadeiros cristãos
e dos que eram melhores,
quando eram ateus...
Teu Livro Sagrado
não contém, somente:
parábolas, hipérboles,
histórias, enredo.
Mas, a verdade absoluta,
de um Deus
que não tem medo.
Por isso, és pedra,
És Pedro!
Antonio Belo da Silva
Palmas, 03 de fevereiro de 2013
Obrigado pela colaboração, Risomar. Espero que sensibilize as pessoas.
ResponderExcluirAntonio Belo
Que beleza de poema Riso. Se você tiver o canal Globosat (39+) assista o documentário "O Vale dos Esquecidos': tem uma entrevista com o Dom Pedro e é sobre toda a história de roubo das terras indígenas. Muito bom.
ResponderExcluirEsse poema faz jus à luta dele. bjs!
Sim, Ana, este é um dos mais belos poemas que já publiquei neste Blog. Antonio Belo foi muito feliz nesta homenagem. Realmente, a força de Dom Pedro Casaldáliga tem a firmeza de uma pedra.Fico feliz por ver esta homenagem tão justa.
ResponderExcluire tomara, Antonio, que seu poema sensibilize as pessoas para esta figura que é um patrimônio nacional! Bjs.
O Riso e o mar
ResponderExcluirNão sei o que mais me prende
se é o Riso
ou se é o mar.
O Riso me volta à infância,
O mar me limita voar.
Preso, estou, nas suas teias
no entanto, nada a reclamar
quem não se prende,
não vive
deixa quem quiser falar...
Antonio Belo
11.03.13